quarta-feira, 13 de junho de 2012



Disfunção Erétil: Portugueses têm vergonha de pedir ajuda

Estudo internacional sobre disfunção erétil revela que a esmagadora maioria dos portugueses tem vergonha de discutir assuntos do foro sexual com o seu médico. 
A Internet é a principal fonte de informação em caso de dúvida, sendo que Portugal é o país com menor taxa de utilização de medicação para o tratamento da disfunçãoerétil.

O estudo internacional desenvolvido patrocinado pela Lilly e realizado pela agência de estudos de mercado SKIM Healthcare revelou diferenças culturais bastante marcadas entre a Europa, a Ásia e a América do Norte, no que toca à abordagem da saúde sexual com o médico.A República Checa (19 por cento), o Reino Unido (18 pontos percentuais), Portugal (12 por cento) e a Coreia do Sul (nove por cento) são os países onde há menor probabilidade de abordar o profissional de saúde, contrariamente ao que acontece no México (38 por cento), no Canadá (31 por cento) ou nos EUA (32 por cento).  Para os portugueses, o médico é mesmo o último recurso. A preferência vai para a Internet, com 46 por cento, para os livros, com 28 pontos percentuais, para as revistas (18 pontos) e para o cônjuge (14 por cento).Só depois vem o médico, com 12 por cento de procura. A faixa etária mais cibernética é a dos 34 aos 45 anos, com um número de mulheres ligeiramente mais alto do que o dos homens no que toca à pesquisa online (47 versus 45 por cento).

Em Portugal, esta realidade bem notória também se reflete na toma de medicação: 95 por cento dos homens inquiridos afirma nunca ter feito qualquer tratamento para a disfunção erétil, um número superior aos 84 por cento registados a nível mundial.  A disfunção erétil é o problema sexual masculina com a maior taxa de prevalência – atinge 52 por cento por cento dos homens entre os 40 e os 70 anos. Entre casos pontuais e permanentes, com origem física ou psicológica, calcula-se que cerca de 500 mil portugueses sofram desta doença.E se a vergonha parece ser a principal causa para a fraca adesão aos medicamentos, um pouco por todo o mundo – 74 por cento do total dos inquiridos assim o afirmaram –, não é de estranhar que 20 por cento dos inquiridos confesse encomendar os seus medicamentos através da Internet.  “Os números são reveladores e mostram que ainda há uma grande percentagem de homens com dificuldade em assumirem e exporem o problema da disfunção erétil”, refere Jorge Rocha Mendes, presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia. O presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia deixa, contudo, um alerta: “No que diz respeito à disfunção erétil, os doentes precisam de um diagnóstico médico que lhes assegure que vão fazer o tratamento mais adequado à sua situação. Não tenham vergonha nem fujam do problema. Procurem-nos e peçam ajuda. Apesar do estigma e da vergonha associados, hoje sabemos que é possível tratar com êxito a grande maioria das situações de disfunção erétil. Os avanços registados nos últimos anos vieram facilitar o tratamento e, consequentemente, a vida dos homens que sofrem desta doença”, acrescenta.A Lilly lançou ontem uma campanha mundial de luta contra a disfunção erétil. Sob o mote “Não fuja do problema. Peça ajuda”, a campanha vai estar presente em todo o mundo. Em Portugal, a primeira campanha global vai ser emitida na Televisão, Imprensa, Rádio e por via Online. 
Fonte Original: PTJORNAL

O que melhor se pode fazer para melhorar a saúde dos homens?