terça-feira, 19 de novembro de 2013


A VEZ DOS HOMENS NA ATENÇÃO BÁSICA


      Durante muitos anos as unidades básicas de saúde da família consolidaram estratégias para acolher melhor os grupos populacionais de risco. O pré-natal é uma dessas estratégias que se consolidou fortemente no processo de trabalho e conta com ampla aceitação e reconhecimento de sua relevância na redução da mortalidade materna e fetal.  E é sobre essa rotina diária nas unidades de saúde e a vigência de uma nova ordem de saúde para o publico masculino que meu pensamento se envolveu na proporção em que vivenciava o trabalho diário na Atenção Básica. Haveria algum modo de integrar mais os homens nas rotinas de cuidados preventivos? Afinal, como os homens adoecem e como a saúde pode acolher racionalmente as demandas e necessidades desse público?

Embora  a idéia de que a Prevenção tenha  custo menor que o Remédio seja bem consensuado no conhecimento popular, não encontramos efetivamente facilidades para a atenção à públicos que ainda não se revelam doentes.  Exige-se empenho e estratégias para sensibilizar gestores e profissionais para estimular maior vínculo e estabelecer parâmetros para o atendimento. Seria o conforto de conhecer e confiar em velhas rotinas ou o receio de despertar novas demandas das quais não conseguiríamos dar conta? Seria falta de financiamento governamental para novas estratégias? Afinal, como poderemos mobilizar racionalmente para integrar mais o público masculino na Atenção Básica?  

Entretanto, durante as oficinas promovidas em anos anteriores pelo Ministério da Saúde o que se pode ver é que dá para criar novos formatos para o atendimento com vista à maior inclusão do público masculino.  Cito algumas delas como por exemplo a elaboração de Campanhas da Saúde do Homem quando se estabelece uma ação de promoção e acolhimento pela unidade de saúde, preferencialmente realizados em horários diferenciados como o final de semana ou feriados para atender  também os trabalhadores. Outra estratégia maravilhosa que vi teve maior  relevância em áreas de violência por integrar os homens também no cuidado com os filhos na rotina do pré-natal.  O efeito é mesmo de integrar o homem no cuidado com a família, delegar a ele também a responsabilidade de cuidar e consequentemente espera-se o arrefecimento das atitudes que levam a violência. Bom exemplos felizmente existem aos montes e o sentimento de quem é atendido é mesmo de agradecimento como eu mesmo pude testemunhar.  Desta forma novos pacientes são descobertos com diabetes, hipertensão arterial , entre outras tantas formas de doenças e prevenção para câncer ou obesidade são acolhidos pela atenção básica.

2 comentários:

Pró-Saúde Tocantins disse...

Ótimo texto. Após a campanha Outubro Rosa, chegou a vez de chamar a atenção dos homens não só para a prevenção do câncer de próstata, mas de todas as doenças. A saúde é direito de todos.

Tânia J disse...

Bastante interessante. Excelente partilha
A prevenção é o caminho a seguir.
Cumprimentos a tds. Farmácia Serviços Faro

O que melhor se pode fazer para melhorar a saúde dos homens?